É relevante compreender a pluralidade envolvida nas relações entre pessoas, grupos de pessoas, sociedades inteiras, a fim de se melhor adequar o atendimento e acolhimento dos usuários do SUS. E ainda, nas relações entre indivíduos, sociedade e Estado faz-se necessário que a interação ocorra sob esta perspectiva da pluralidade, bem como reconhecendo que a assimetria de gênero e a consequente subordinação do sexo feminino são fenômenos globais, mas que necessitam de intervenção no sentido de corrigir as desigualdades nestas interações, seja no âmbito profissional ou mesmo pessoal.
É possível compreender que a assimetria nas relações entre homens e mulheres não é o único eixo de hierarquia social e que existem outras hierarquizações em diferentes sociedades, portanto, é possível em nossa sociedade brasileira uma interação entre as pessoas em que se considere a garantia de direitos de grupos historicamente discriminados – as mulheres.
No campo da saúde pública pode-se dizer que já existe uma atenção diferenciada e direcionada as mulheres, entretanto não é considerada esta perspectiva de perdas e discriminações entre os gêneros, o foco é bem outro; é a questão de sua função reprodutiva e maternal no processo saúde-doença. Não existe, efetivamente, ainda, um atendimento em saúde da mulher que ofereça equidade as mulheres negras, indígenas, trabalhadoras urbanas e rurais, lésbicas e mulheres jovens, apesar de já contarmos com algumas políticas públicas neste sentido.
De fato, ainda restam lacunas, a serem preenchidas em relação às manifestações anteriores ao período pujante do feminismo, como também sobre a existência de várias iniciativas desenvolvidas paralelamente a ele e que contribuíram para a visibilidade da ação política das mulheres como um todo.
FIGURA DISPONÍVEL EM: http://www.portalodm.com.br/pr-movimentos-de-mulheres-fazem-mes-de-atividades-em-marco--n--533.html
POSTADO POR: Teresa Cristina
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