Reflexão

ü SUGESTÃO: A Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon nos remete a uma boa reflexão.
ü CONVITE: Junte-se a nós neste Dia Internacional, para acabar com o racismo

Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial – 21 de março de 2012

O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial é uma boa oportunidade para relembrar o impacto nefasto do racismo.
O racismo compromete a paz, a segurança, a justiça e o progresso social. É uma violação dos Direitos Humanos que dilacera indivíduos e destrói o tecido social.
Enquanto comemoramos este Dia Internacional sob o tema “racismo e conflito”, o meu pensamento está com as vítimas.
Racismo e discriminação social têm sido usados como armas para instigar o medo e o ódio. Em casos extremos, líderes cruéis fomentam o preconceito para incitar ao genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Existem vários tratados e instrumentos valiosos, assim como um quadro universal abrangente – para prevenir e erradicar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância. No entanto, o racismo continua causando sofrimento a milhões de pessoas por todo o mundo. Alimenta-se da ignorância, preconceito e estereótipos.
A resposta das Nações Unidas é trabalhar para promover a inclusão, o diálogo, e o respeito pelos direitos humanos. Onde as sociedades foram devastadas pelo conflito, a ONU esforça-se por promover processos de paz e a consolidação de paz para fazer possível a inclusão, o diálogo, a reconciliação e os direitos humanos. É essencial eliminar o racismo e o preconceito para curar as sociedades dilaceradas pela guerra.
Ao mesmo tempo, apelo a todas as pessoas que se juntem às Nações Unidas e ao nosso esforço para eliminar o racismo. Devemos, a nível individual e coletivo, acabar com o racismo, com o estigma e com o preconceito.
Este ano estamos espalhando a palavra através dos meios de comunicação social. Visitem o novo website http://www.un.org/en/letsfightracism. ‘Tuitem’ seu apoio com a hashtag #FightRacism. Partilhe o texto da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação através do link http://bit.ly/xGOrnX. Publique numa das nossas páginas do Facebook em inglês, françês ou espanhol. Ou crie a sua própria campanha.


FONTE: http://unicrio.org.br/dia-internacional-para-a-eliminacao-da-discriminacao-racial-%E2%80%93-21-de-marco-de-2012/
Acesso em 31/03/2012

POSTADO POR
Ana Carolina, Célia, Eliandra, Janete e Teresa Cristina




CONSCIÊNCIA NEGRA
de Francisco Carneiro Barbosa

Chega de racismo
De história mal contada
Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.
O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.
Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.

A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.

É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.

Postado por: Ana Carolina
ENCONTREI MINHAS ORIGENS
Oliveira Ferreira da Silveira


Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros

Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros

Encontrei
Em doces palavras
Cantos

Em furiosos tambores
Ritos

Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma

Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos

Encontrei
Encontrei-as, enfim
Me encontrei.
Postado por: Ana Carolina


"Ninguém vive bem sua sexualidade numa sociedade tão restritiva, tão hipócrita e falseadora de valores; uma sociedade que viveu a experiência trágica da interdição do corpo com repercussões políticas e ideológicas indiscutíveis; uma sociedade que nasceu negando o corpo.
Viver plenamente a sexualidade sem que esses fantasmas, mesmo os mais leves, os mais meigos, interfiram na intimidade do casal que ama e que faz amor; é muito difícil.
É preciso viver relativamente bem a sexualidade. Não podemos assumir com êxito pelo menos relativo, a paternidade, a maternidade, o professorado, a política, sem que estejamos mais ou menos em paz com a sexualidade" (PAULO FREIRE).

POSTADO POR: Teresa Cristina


SOU COMO VOCÊ

Não me despreze pela cor da minha pele.
Não me queime nas fogueiras das tuas crenças.
Permita a minha vida em todas as liberdades,
Que me tornam parte das lideranças.

Diferenças que me permitiram ser o que apenas sou.
Muitas são as vezes que me renego querendo ser como você.
Por tantas perseguições, maus tratos e humilhações.
Não faça assim comigo! Sou como você.

Veja que as palmas de minhas mãos, estendidas a te pedir, são como as tuas.
As solas de meus pés que pisam a mesma terra, não são diferentes das tuas.

Minhas orações também saem do coração na busca do mesmo Deus.
Aquele que nos fez assim, tão iguais em nossas diferenças.

http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/sou-como-voce-poemagemao-dia?xg_source=activity



 
Autor : José D'Assunção Barros
Título : A Construção Social da Cor
Editora : Editora Vozes

A obra discorre acerca de algumas questões importantes, por vezes perturbadoras. Como foi construída a noção de “negro” (e “branco”) na sociedade brasileira? Qual a história desta construção desde os tempos de formação da sociedade colonial brasileira, e como seus posteriores desdobramentos prosseguiram tecendo a nossa história contemporânea? Que processos instituidores de desigualdades acompanharam a construção social destas diferenças, a começar pela introdução da escravidão de africanos no Brasil? Que formas de resistência e luta – e no interior de que práticas e discursos – surgiram desta história e para se contrapor a esta mesma história? Como se comporta a imensa variedade cultural e corporal do povo brasileiro nos quadros deste modo de perceber o mundo humano e contra o pano de fundo desta dicotomia estabelecida e imposta historicamente? O que ainda pode ser dito em termos de “raça negra”, sem que se cometam uns anacronismos científicos ao nível das mais recentes descobertas da antropologia e da biogenética, e sem que, ao mesmo tempo em que criticado, veja-se afrontado um conceito sociologicamente bem estabelecido ao nível de processos formadores de identidade, tão caros a diversos dos movimentos sociais que têm tido um papel importante e relevante em sua luta contra desigualdades bem reais?

O livro "A Construção Social da Cor" apresenta como proposta central a de discutir como, a partir dos fundamentos do sistema colonial e da escravidão africana no Brasil, foi socialmente construída a idéia de uma raça negra por oposição à idéia de uma raça branca, ao mesmo tempo em que iam sendo desconstruídas no Brasil as antigas diferenças étnicas e tribais que existiam no continente africano. Deste modo, procura-se mostrar como a Construção Social da Cor, aqui entendida como esta complexa história da percepção social de diferenças relacionadas à cor da pele, foi utilizada a princípio como elemento fundamental no interior de um cruel sistema de domínio sobre toda uma parcela da humanidade. E como, em contrapartida, a mesma construção começou a ser incorporada aos mecanismos formadores de identidade, de modo a encaminhar a resistência contra as desigualdades sociais, já no período inaugurado pela Abolição da Escravatura.

Postado por : Eliandra