terça-feira, 4 de outubro de 2011

UNIDADE 1 - GÊNERO, SEXO E SEXUALIDADE X BLOGFÓLIO: Pobreza, gênero e raça/etnia nos contextos urbano e rural: Perspectivas de gênero e raça/etnia na saúde pública

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Há que se ressaltar que não foi difícil perceber a importância de se considerar as questões de gênero, sexo, raça/etnia, sexualidade e a orientação sexual para a formulação das políticas públicas em geral e as de saúde em especial. As reflexões sobre gênero, sexo e sexualidade nos remetem a compreensão de que a atenção em saúde sexual e em saúde reprodutiva é uma das áreas de atuação prioritária e deve ser ofertada observando-se como princípio o respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos.
Entretanto, desenvolver esse trabalho não é tarefa simples, tendo em vista a complexidade que envolve o cuidado dos indivíduos inseridos em contextos diversos, onde é imprescindível realizar abordagens que considerem os aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais, entre outros, como condicionantes e/ou determinantes da situação de saúde, além do entendimento, livre de preconceitos e deturpações sócio e culturalmente construídas acerca dos conceitos e temas tratados até aqui.
Para isso exige-se uma nova postura e qualificação profissional, com enfoque não só para o indivíduo, mas também para o gênero, sexo e a orientação sexual; Lembrando que, no contexto atual, é importante compreender o indivíduo em seu espaço emocional e social, onde podem se reproduzir as mais diversas formas de relações da sociedade.
Vale ressaltar que a priorização da saúde sexual e da saúde reprodutiva está contemplada entre os oito objetivos de desenvolvimento do milênio definidos pela ONU em 2000, onde há relação direta com a saúde sexual e com a saúde reprodutiva quanto à promoção da igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; a melhoria da saúde materna e o combate ao HIV/Aids.
O Pacto pela Saúde, firmado entre os gestores do SUS, a partir de 2006, também inclui, entre as suas prioridades, algumas que possuem pontos de correlação com a saúde sexual e com a saúde reprodutiva: redução da mortalidade materna, controle do câncer de colo de útero e da mama, saúde do idoso e a promoção da saúde.
De fato, é preciso que se aborde a Saúde Sexual e Reprodutiva como essenciais para a qualidade de vida e de saúde das pessoas e o papel fundamental que cada profissional de saúde e educador em saúde tem na promoção da saúde sexual e da saúde reprodutiva; seja atuando em diversas frentes para assegurar que as políticas de saúde estejam em consonância com as diretrizes de promoção da igualdade racial, étnica, de gênero e de orientação sexual.
Nesta perspectiva de enfrentamento a toda forma de discriminação, muitas ações afirmativas vêm se desenvolvendo no sentido de buscar concretizar o princípio da equidade no SUS com a abordagem específica para alguns grupos populacionais em programas e ações de promoção e prevenção da saúde, bem como em atividades de educação permanente com a finalidade de oferecer orientações técnicas para a atuação dos profissionais na atenção à saúde sexual e à saúde reprodutiva, tendo por princípio a abordagem integral e a promoção dos direitos humanos, entre os quais se incluem os direitos sexuais e os direitos reprodutivos.

POSTADO POR: Teresa Cristina

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